Friday, April 29, 2016

VOLTA

MOMENTOS.
DEFINIDOS OU NÃO.
FEITOS DE SUB-MOMENTOS.
SONHOS?
MAIS LEMBRANÇAS
QUE, INADVERTIDAMENTE,
CRIAMOS TODOS OS DIAS.


Friday, August 23, 2013

tudo bem

escrever poesia
como se fosse uma solução

uma saída?
canções,
modos estranhos de ser

danço na rua
canto no chuveiro

a menina do andar de baixo
diz: puxa que voz bacana!

vontade de chorar
perdemos
tentamos
e perdemos
sorrindo
cantando
perdemos
não é o fim do mundo
apenas mais uma derrota
mais uma dor

pendura na porta...
esta longa ausência
este silêncio
esta voz calada
estas mãos sobre os joelhos
meio sorriso
esta minha vontade de chorar
o velho cansaço
estas repetições
esta respiração
entrecortada

eu sou triste
rindo o tempo todo
paciência
que confusão
poesia...

Monday, February 18, 2013

eu preciso

do que eu preciso?
dor, não... tenho já...
angústia? muita...

versos eu tenho
uma coleção imensa,
inútil.
cansei até.

gente, demais.

bem pesado,
acho que não preciso

de nada...

Wednesday, January 09, 2013

crise existencial

espécie de momento
que passa entre os dedos
como a água do rio da infância
como a espuma do sabonete
como a voz do vendedor de frutas
lá embaixo na rua...

a lembrança da dor que passou
dos que morreram
a mãe, o pai, o filho
solidão?

eu, que nunca fui de companhia?
que sempre gostei da solidão
do quarto de filho único
 no escuro,  rua silenciosa
sol, lá fora...

é isso!
escuro dentro
sol lá fora

Monday, January 07, 2013

única voz
única dor
único som
sempre

Friday, January 04, 2013

vinte treze
igual
luz e sombra
passo ao longo
pretendo entendo
local e total
voando
cantando
escrevendo

sorrisos

Friday, December 07, 2012

décio, pig (nat ) ari

suponha que nunca
ou então que sempre
prepare uma saída
uma espécie de luz
uma voz apagada
cansada molhada
perto da outra
que não se ouve
que não sabe ouvir
que conta e canta
que morre ofegante
e continua sempre
ou então que nunca
suponha que existam
universos paralelos
ou versos paralelos
por que não?